9 de fevereiro de 2016

Resenha: Gakuen Alice


Admito com todas as letras: sou adepta a animes antigos, dos mais conhecidos aos desconhecidos e desde que haja uma história que me interessa, esqueço que é antigo e apenas me divirto com mais uma série. Fazia um tempo que queria ver este anime, mas estava difícil de gravá-la e de ver; claro que finalmente a achei e aí, fiquei muito feliz e simpatizei com todo o seu enredo e personagens.

“Gakuen Alice” me conquistou desde o começo e achava que o maior desafio da protagonista ia levar parte da série; no entanto, foi tão rápido que fiquei passada. Mudando este ponto, a animação trouxe um pouquinho do seu universo em cores onde vemos que mesmo entre crianças, há fatos que apenas elas precisam resolver e que serão importantes para o seu desenvolvimento. Mergulhar nesta resenha é o mesmo que se encantar com o jeito que crianças resolvem as suas diferenças.



*****

Ano: 2004
Diretor: Takahiro Omori ("Baccano!", "Durarara!!", "Kuragehime", "Jigoku Shoujo", "Natsume Yuunjichou")
Estúdio: Group TAC
Episódios: 26
Gênero: Comédia / Drama / Fantasia
De onde saiu: Mangá, 31 volumes, finalizado




Por Escritora Otaku

Pergunta rápida: como foi a sua infância? Pois esta fase é uma das mais gostosas, onde as poucas responsabilidades e a diversão são parte do seu dia a dia; onde amigos são peças fundamentais e sua família parece mais próxima, atentos em seu crescimento; onde coisas insignificantes se transformam apenas usando a imaginação; aprendemos o que é a vida e por aí vai.

Quando se é criança, a forma de enxergar a vida é muito diferente da de um adulto, muitas vezes, nos surpreendemos pela forma de pensar delas e questionamos por que não posso ser assim ao crescer. Ser uma criança em nossos tempos não é a mesma coisa que era no passado e o que vemos são muitas que querem pular esta fase pra virar adultos, porque ser um é melhor, mas, não é bom pular esta parte da vida humana. Quem pula jamais terá a experiência mais curiosa da existência humana que vivemos, pois é na infância que moldamos uma parte de nossa personalidade e define no que seremos daqui pra frente.

O que é melhor: ser uma criança ou um mini adulto? Fica a pergunta...

“Gakuen Alice” é uma destas séries onde as crianças são as principais personagens, cada uma com sua maneira de enxergar a vida, sem perder os momentos divertidos e reflexivos que a infância coloca em questão. Originado de um mangá shoujo, a ideia veio da mangaká Tachibana Higushi e teve 31 volumes publicados durante os anos de 2002 a 2013, trazendo este universo cheio de imaginação e sonhos.

Na história, Sakura Mikan é uma garotinha que vive em uma cidade do interior ao lado de seu avô e que tem como melhor amiga Imai Hotaru, uma menina de estilo fechado e que gosta de inventar coisas. A vida de Mikan era uma maravilha até que Hotaru se muda para Tóquio e fica meses sem dar uma notícia, preocupando muito a nossa protagonista. Porém, certo dia Mikan recebe um cartão-postal dela e o conteúdo não lhe agrada nada, decidindo assim partir sozinha e rever Hotaru.

Depois de algumas confusões, ela chega a Academia Alice, escola que sua melhor amiga está estudando e descobre o que houve, ao saber que ali não é um lugar normal. Pra início, a academia tem este nome por causa das pessoas que frequentam a instituição: Alice são os que possuem poderes especiais, que vão desde habilidades comuns a inúteis e até mesmo perigosas; os alunos são classificados e colocados em turmas conforme o estilo de seus poderes e estudam até se formarem (há crianças bem pequenas até adolescentes, cada uma em turmas de acordo com sua idade); professores que também possuem tais poderes; uma classificação que dá certos benefícios e dinheiro próprio, sem perder o toque escolar. Só há apenas uma ressalva, que é que quando se estuda lá, não pode sair e tampouco receber visitas dos familiares, apenas se tirar as melhores notas nas provas.


E Mikan entra nesta academia pra encontrar com sua melhor amiga. Aí é que vem o fator mais curioso da série, pois quando acha que esta procura ia demorar, acontece rapidinho o reencontro delas e ambas passam a frequentar a mesma classe. Neste novo ambiente, a garotinha começa a entender que ser Alice é mais que ter algum poder especial, é simplesmente buscar uma identidade sem perder o bom humor. Com seu jeitinho meigo e amigável, Mikan passa a ter amizades com outros alunos e se envolver em certas situações, todas a respeito do sistema educacional e de ser uma Alice. E assim, a acompanhamos nesta desventura infantil e imaginária de ser e de estar.

Os personagens que fazem parte do elenco são em sua maioria crianças, mais especificamente da classe que Mikan estuda; há espaço para os adolescentes e os adultos, cada um com uma habilidade Alice diferente e estão lá pra aprender a ter controle de tal poder. A vida de Mikan durante a série é bem sofrida, pois entrou na academia por recomendação de um dos professores e aos poucos, consegue transformar um ambiente fechado e certinho em um lar para quem a conhece. Os clichês de personalidade e da estética da trama não atrapalham em sua execução e vemos o quanto pode ser legal estudar em um colégio interno.

A própria Academia Alice é um local gigantesco, tem uma estrutura que suporta e dá certa normalidade, baseado no desenvolvimento dos que tem a habilidade Alice; um lugar que tenta trazer um pouco do lar familiar que os alunos são proibidos de presenciarem, por isso, é comum que uns nem sabem o que é o calor familiar e sejam meio alienados. Pouco a pouco, uma trama maior acontece e quando menos espera, a história tem seu fim.

Com um traço infantil, em um ambiente que muitos de nós conhecemos e a descoberta de uma identidade são os trunfos que “Gakuen Alice” pode dar ao assistir. Uma história que as crianças agem como crianças, mas às vezes tendo atitudes adultas e principalmente, procurando uma identidade e saber usar a habilidade que adquirem. Mesmo sendo uma série antiga e não trazendo tudo que foi explorado em seu mangá, ela cumpre bem o papel que os animes tem: o de passar em cores uma história e quem sabe, causar interesse pela obra original.


Aos que curtem uma estética infantil, a série é um prato cheio pra os que gostam de algo mais tranquilo e cheio de imaginação, afinal, quem foi criança sabe como esta fase é...

*****





Comente com o Facebook:

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Copyright © 2016 Animecote , Todos os direitos reservados.
Design por INS